domingo, 21 de novembro de 2010

OPALA - O MELHOR DE TODOS OS TEMPOS

 

 Em novembro de 1966, a GM Brasil anunciava o início do projeto 676, o inicio do futuro Opala.
O Opel Rekord é considerado o "pai" do Opala, veja abaixo a semelhança com o nosso Opala. 
Batizado com o nome de uma pedra, semi-preciosa, tipicamente brasileira, um quartzo de cor azulada, o Opala, incolor ao ser extraída do solo, mas que adquire múltiplos tons ao ser exposta à luz, e também, a fusão entre Opel e Impala, o carro da Chevrolet americana que lhe cedia o motor de seis cilindros.

Com plataforma baseada no europeu Opel Rekord C, e mecânica tipicamente americana, a Chevrolet deu uma cartada certeira no mercado brasileiro, deixando a carroceria do Opel Rekod com a frente e a traseira semelhantes aos carros fabricados pela chevrolet nos Estados Unidos, conseguiram um design que agradou os brasileiros. A mecânica utilizada foi a mesma dos modelos utilitários da marca, tornando o Opala com manutenção simples, com uma grande quantidade de peças disponíveis e assistência técnica em quase todo o País. Outro grande acerto da Chevrolet foi a adoção de dois tipos de motorização, o quatro cilindros do Chevy Nova [2.509 cm³], e o seis cilindros da versão básica do opala [3.764 cm³], conseguindo com isso superar a crise do petróleo durante a década de 1970.

O Opala conseguiu se tornar um clássico digno de colecionadores experientes, mesmo antes de sua produção ser encerrada, algo raro não só no Brasil como no Mundo. O nome pegou e quando se ouve falar a palavra Opala no Brasil à primeira imagem que vem a cabeça é o automóvel e a não a pedra de quartzo. Oferecido inicialmente, somente carroceria de quatro portas nas versões, Opala Especial, Opala Luxo e Opala Gran Luxo. A carroceria cupê de duas portas foi oferecida somente a partir de 1972, com o novo motor de 4.100 cm³, que era facilmente identificada pela inscrição com os números 4100 nos pára-lamas dianteiros, próximo aos indicadores de direção.

Surgiu também à versão SS, com faixas decorativas, caíram no gosto dos mais jovens. A versão SS em 1974 passou a ter como opcional, aquele que se tornaria o mais desejado dos motores de Opala, o 250-S, com a intenção de obter homologação para as corridas, ele tinha taxa de compressão maior que a do motor 4100, coletor de admissão fundido em alumínio, e um comando de válvulas mais “brabo” para acionar os tuchos mecânicos, que anteriormente eram hidráulicos
Em 1975 surgia a versão Comodoro, com algumas inovações como carburador de corpo duplo, câmbio manual de quatro marchas no assoalho [opcional], antes oferecido somente com três marcha na coluna de direção e o câmbio automático de três marchas, na coluna ou no assoalho [opcional]. Já em 1978, surgi aquela que seria a versão mais desejada dos anos 80, a Diplomata, que ficou tão famosa que muitos nem mais chamavam o carro de Opala, somente de Diplomata.
O Opala passou por três alterações de estilo, a primeira em 1980, com frente e traseira redesenhadas, ficando com visual mais quadrado e moderno, se diferenciava a versão diplomata pela inclusão de faróis de neblinas entre a grade e os faróis. Já em 1981 passou a contar com um novo painel de plástico injetável, com mostradores iluminados. Em 1985/86, surgiu à versão diplomata bicolor [saia e blusa], já em 1988 ganhou novos faróis, já com os faróis de neblinas embutido para todas as versões, e plástico unindo as lanternas traseiras, encobrindo o bocal do combustível, sendo que na versão Diplomata esse plástico era produzido com o mesmo material das lanternas traseiras, como se fosse uma só peça. No início dos anos 90, especificamente 1991/92 teve uma nova alteração de carroceria, contando com pára-choques de plástico envolventes, retrovisores embutidos junto aos vidros das portas, frisos laterais envolventes, novo interior, inclusive com a opção de bancos em couro, rodas aro 15', para a versão Diplomata, câmbio manual de cinco marchas e câmbio automático de quatro marchas. Mas nem todas essas alterações foram suficientes para o Opala resistir à liberação das importações.

Sua versão perua, a Caravan, também fez muito sucesso, e era disponível em todas as versões que dispunha o Opala.

Pelo confiável e potente motor, sugiram vários carros utilizando a sua mecânica, como o Puma GTB e Santa Matilde, bem como carros adaptados para competição, vale sempre lembrar do sucesso da antiga Stock-Car.
Com produção iniciada em 1968, foram fabricadas segundo a ANFAVEA [Associação Brasileira de Fabricantes de Veículos Automotores], 984.444 unidades do Chevrolet Opala.
Muitos não sabem por que a Chevrolet não continuou com o nome Opala para a linha Omega, (por sinal outro nome de pedra semi-preciosa). O motivo é simplesmente porque não seria justo com os 984.444 compradores apaixonados pelo modelo, se tivessem que chamar outro automóvel com esse nome, que não o saudoso Opala.
Foi uma aposentadoria com honras, pois mesmo sabendo que finalizaria a produção, a Chevrolet deixou o modelo mais moderno e bonito.



OPALA DIPLOMATA 92