Comunicação, como o ato de comunicar-se, é o que torna possível a vida em sociedade; o intercâmbio entre as pessoas. É com ela que se faz uma realização comercial, por exemplo. Passa a ser propriamente dita, comunicação, quando se tem, essencialmente: emissor (quem emite a mensagem), mensagem (o que é emitido pelo emissor) e receptor (quem recebe a mensagem do emissor). A Comunicação Social, enquadra profissionalmente: Meios de Comunicação de Massa (Mass Media) e Comunicação Organizacional (Publicidade, Relações Públicas, etc).
O termo, Comunicação de Massa, surgiu após a Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos para classificar os veículos de comunicação destinados a um aglomerado gigantesco de indivíduos – rádio; TV; revista; jornais; e, atualmente, internet. Estrategicamente, a mídia começa então a fazer uso da retórica aristotélica a fim de persuadir a sociedade “recém capitalista” se deixar levar pelo bombardeio constante de informações. O objetivo, até então, é único e de fácil entendimento: interesse comercial pela alienação conjunta.
Com uma linguagem limitada, considerada por muitos teóricos como primária repetitiva e de aspecto pobre, rapidamente ganhou a simpatia dos proletariados que gozavam, e ainda gozam, de uma programação estabelecida pela mesmice do entretenimento alucinante consumista. Os programas noticiosos não interessam tanto quanto a novela que, por sua vez, permite o telespectador se imaginar, de forma agradável, no lugar do mocinho que luta para ficar com sua amada.
Assim, a Indústria Cultural, classificada por Adorno – sociólogo influente da Escola de Frankfurt, como a conversão da cultura como mercadoria, toma força com o surgimento da propaganda na TV e no Rádio e anúncios em jornais e revistas. A sociedade, então capitalista, passa a consumir aceleradamente com a idéia de estar adquirindo um status cultural – ideologia burguesa de acreditar na flexibilidade na pirâmide social com o auxílio dos bens materiais.
Se a humanidade pôde testemunhar um feito incrível e irreversível, esse feito com certeza foi o capitalismo. E se há uma perfeição sobrevivente na Terra, essa perfeição se chama Cultura de Massa. Foi ela que criou o ciclo infindável que movimenta a roda da fortuna das indústrias e dos meios de comunicação: a mass media seduz o homem a comprar um produto, fazendo assim ele trabalhar mais para poder pagar, chega em casa no fim do dia e, ao assistir a TV, é seduzido por um novo produto que ao adquirir o obriga a trabalhar ainda mais para poder pagar e assim vai [...]
Acreditar na anulação desse ciclo é o mesmo que entregar o próprio pescoço à forca como aposta do fim do capitalismo. É um sistema que interfere não só no âmbito social, mas no íntimo primitivo do ser humano, tanto do lado alienador (que busca acumulação de riquezas), quanto do lado alienado (que busca constantemente em quem/quê acreditar e suprir o vazio que possui dentro de si). É o desejo por desejos que são preenchidos pela idéia fixada nas nossas mentes, com uma linguagem simples, que só tomando posse de algum bem material teremos êxito de satisfação.
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