Talvez nem todos se lembrem do caso que envolveu um único ganhador da Mega Sena, no mês de julho de 2005. O caso foi manchete em vários meios de comunicação por todo o país. Um resumo de todo o acontecimento, seria mais ou menos o seguinte: Cidade do Rio Bonito, ano de 2005, René Senna, ex-lavrador e ex-açougueiro, ganha sozinho o prêmio de R$ 52 milhões da Mega Sena.
No início de 2006, René, então com 53 anos, se casa com a cabeleireira Adriana Almeida, de 28 anos, e em janeiro de 2007, ele é encontrado morto com quatro tiros, em frente ao bar que freqüentava. 
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E esse mês, o apostadores cresceram os olhos para mais um acúmulo milionário da Mega Sena, uns apelam para Deus, outros para um pé de coelho, dedos cruzados etc.
Sempre ouvi dizer que dinheiro não traz felicidade, eu não sei. Agora, ninguém está preparado para ganhar mais de 60 milhões, de repente, principalmente se for um pobre lavrador ou do mesmo patamar social. A Mega-Sena, já é um absurdo, em vez de distribuir, concentra a renda. Porque não dar um milhão, para 60 pessoas?

A amante, ex-cabeleireira, virou a “perua loira”, de óculos escuros, (como uma celebridade da revista Caras) com dois amantes. E o René, atrapalhava a festa.
Além disso, essa “riqueza trágica”, também é uma lição política. Não adiantam dar dinheiro, nem mega bolsas famílias, sem condições para o crescimento.
Essa história trágica nos fascina também, porque é uma caricatura grotesca, mas perfeita, da elite brasileira.
Por: Alisson Andrade - produtor, editor, cinegrafista, repórter e graduando do curso de comunicação social com habilitação em jornalismo pela FASB.
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