domingo, 13 de junho de 2010

Lendas urbanas

Quem nunca ouviu a história de que figurinhas de chiclete têm LSD? Muito provavelmente você já deve ter visto até cartazes alertando sobre esse perigo. E a história do homem que foi para o motel com uma garota e acordou numa banheira cheia de gelo, e quando se deu conta, havia uma cicatriz enorme nas costas, na altura dos rins? Essa história serviu inclusive para a criação de um filme.


Bem, o que uma história tem a ver com a outra? É que ambas são mentiras, mas são contadas como verdade. A história da figurinha de chiclete com LSD existe desde os anos 80, se isso fosse verdade, as fábricas de chicletes teriam fechado a quase 30 anos. Esse tipo de boato é chamado de “lenda urbana”, e faz parte do folclore das pessoas que vivem em grandes centros urbanos, e que acabam alcançando também as pequenas cidades.

Mas, onde é que a informática entra nessa história? Desde que o e-mail começou a ser utilizada por milhões de pessoas em todo o mundo, essa se tornou a forma mais comum de divulgação desse tipo de boato. O problema é que, como a maioria das histórias é bem contada, as pessoas que recebem e-mail’s com histórias escabrosas, acabam repassando para seus contatos, o mesmo acontece com as insuportáveis correntes de sorte.

O grande problema é que as pessoas raramente checam as histórias para ver se elas são verídicas, ou trata-se apenas de mais uma “lenda urbana”, e acabam passando a história pra frente.

Recebo em minha caixa postal, no mínimo uma vez por semana, esse tipo de e-mail, verifiquei algumas dessas histórias eletrônicas:

Xampu cancerígeno: É uma lenda urbana que diz que a substância LSS (Lauril Sulfato de Sódio), usada em xampus, é cancerígena. Essa informação é falsa, até porque a maioria dos xampus contém essa substância. Supostamente essa informação foi transmitida por uma empresa de xampu que não utiliza LSS na fabricação, mas, passou essa história para aumentar suas vendas.

Criança com câncer: Essa é outra mentira deslavada, ainda mais utilizando o nome de instituições que realmente existem, como o Hospital Albert Einstein. Nessa mensagem, se pede que ela seja enviada ao maior número possível de pessoas, de forma a atender o último pedido a suposta criança que só tem mais seis meses de vida no hospital.

Correntes da sorte: Correntes da sorte existem há anos, mas antes, seguiam por correio tradicional. Agora, com a internet, ficou mais fácil encher a paciência de todos. Ao receber esse tipo de e-mail, não passe adiante. Pode ficar tranqüilo porque, ao contrário do que a mensagem afirma, nenhum raio cairá sobre sua cabeça e nem nenhum ente querido morrerá.

Por congestionar a rede, e encher o saco das pessoas que recebem esse tipo de e-mail, recomenda-se que você não passe nenhum tipo de história adiante, e avise ao remetente que isso se trata de uma “lenda urbana”, ou um “hoax”, no caso quando a mensagem informa a existência de um vírus que na verdade não existe.

Por: Ali Andrade - editor, produtor, cinegrafista, repórter, técnico em informática e graduando do curso de comunicação social com habilitação em jornalismo pela Fasb - Faculdade do Sul da Bahia
 
Publicado em 13/05/2009

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